O Movimento de Educação Popular do Estado do Pará,
articulado em torno de entidades que promovem na Amazônia paraense a Campanha
Latino-Americana e Caribenha em Defesa do Legado de Paulo Freire, recebeu e
difunde esta Carta de Urgência do Povo Tembé de Tomé-Açú, que expõe a
situação de calamidade em que se encontram 160 famílias indígenas.
O Povo Tembé pede ajuda financeira emergencial para compra
de cestas básicas e materiais de higiene para profilaxia contra a COVID-19.
O pedido decorre da falta de políticas públicas voltadas para os povos
indígenas, que, a exemplo dos Tembé de Tomé-Açú, se veem ameaçados em seus
direitos sociais e humanos, com seus territórios agredidos, invadidos e
explorados por empresas e latifúndios, com o aval do governo genocida de Jair
Bolsonaro.
Ao mesmo tempo em que reafirmamos a exigência do Povo
Tembé de que os governos federal, estadual e municipal atuem para garantir
políticas de saúde, assistência e proteção social, reforçamos o pedido do
Povo Tembé de colaboração de organizações não governamentais nesta ajuda
financeira emergencial.
Sabemos que a crise social e sanitária vivida no país
torna-se ainda mais aguda e dramática para o conjunto das classes populares,
como os/as indígenas, quilombolas, trabalhadores/as urbanos/as e rurais,
formais e informais, população de rua, idosos/as, mulheres, entre muitos
outros/as.
Neste sentido, solicitamos apoio às organizações de
educação popular, aos movimentos sociais, aos sindicatos, às ONG’s e a todo/a e
qualquer cidadão/ã a se engajar nesta ação emergencial, fortalecendo as
redes de solidariedade e resistência entre os povos.
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